A revolução do crédito digital

Publicado em 28 de agosto de 2025

Ao acompanhar os avanços que vêm transformando o setor financeiro brasileiro, por exemplo, posso afirmar com convicção: a forma como as empresas acessam crédito vem mudando e este processo, portanto, deve se acelerar ainda mais nos próximos anos. De fato, a securitização, antes um processo lento, caro e limitado às grandes corporações, vem se tornando mais simples, eficiente e acessível. Em outras palavras, a tecnologia está, sem dúvida, no centro dessa mudança.

Dados que comprovam a mudança

Os números de 2024 comprovam essa virada. Empresas captaram R$ 58,9 bilhões por meio de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), segundo a ANBIMA — um crescimento de 23,4% em relação ao ano anterior. Da mesma forma, no agronegócio, os CRAs chegaram a R$ 41,3 bilhões. No entanto, por trás desses dados, está uma transformação silenciosa, mas poderosa: a digitalização dos processos de securitização.

Tradicionalmente, como se sabe, esse tipo de operação envolvia muitos intermediários, contratos complexos e uma infinidade de etapas manuais. Hoje, com o uso de inteligência artificial e automação, conseguimos estruturar operações de formas mais seguras, com menos riscos e menores custos. As regras são codificadas em sistemas que executam automaticamente pagamentos e repasses, eliminando a necessidade de validações manuais.

Um dos maiores marcos dessa transformação é o novo papel da nota fiscal eletrônica. Ela passou a ser um ativo estratégico na obtenção de crédito. Isso traz mais confiabilidade às transações, reduz fraudes e permite que empresas até então excluídas do sistema tradicional tenham acesso a soluções de financiamento mais rápidas e justas.

Vejo isso acontecer todos os dias nas soluções que desenvolvemos. Médias e grandes empresas agora conseguem acessar recursos em questão de horas. A automação permite uma análise de risco mais precisa, e a digitalização agiliza o compliance e a formalização das operações. E, em breve, faremos em segundos, como um PIX.

Por que a securitização digital é o futuro?

A securitização é hoje uma ferramenta poderosa de capitalização acessível a quem investe em inovação. E esse é um dos exemplos mais concretos de como a tecnologia pode, e deve, ser usada para impulsionar a economia real.

Haroldo Menezes é CEO da HMIT Tecnologia

FonteO Otimista