70% das empresas emitem notas fiscais com erros
A gestão adequada de notas fiscais é um dos pilares...
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Publicado em 21 de novembro de 2025
Com a Reforma Tributária se aproximando de suas primeiras obrigações práticas em 1º de janeiro, a situação é de urgência no cenário empresarial brasileiro. Um recente levantamento de uma empresa de tecnologia, que ouviu 355 companhias de setores como varejo, indústria, construção civil, agronegócio e tecnologia, revela um dado alarmante: 72% das empresas ainda não estão preparadas para adaptar seus processos internos às novas regras de recolhimento e declaração de tributos sobre o consumo.
Apenas 28,1% das empresas afirmaram já possuir um plano estruturado de adaptação para o novo sistema. O restante das companhias encontra-se em estágios muito iniciais ou, pior, paralisadas:
Isso significa que, a menos de três meses da entrada em vigor das primeiras mudanças, a grande maioria do mercado corre um sério risco operacional e financeiro.
Haroldo Menezes, CEO da HMIT Tecnologia, empresa especializada em inteligência em documentos fiscais, destaca a necessidade crítica de adequação dos sistemas de gestão (ERPs):
“O sistema de gestão das empresas, os ERPs, devem ser atualizados para a última versão disponível. Observamos que, na maioria dos casos, as atualizações referentes à reforma tributária foram disponibilizadas apenas para a última versão.”
Menezes relata casos de empresas que ainda utilizavam versões de 2017 ou 2019, exigindo um grande esforço apenas para chegar à versão mais recente antes de poder aplicar as atualizações específicas da reforma.
A mensagem é clara: as empresas que ainda não iniciaram o processo de adequação dos seus sistemas devem fazê-lo imediatamente.
A falta de adaptação aos novos modelos de tributação impacta diretamente o faturamento e as operações das empresas. Os riscos são imediatos e graves:
Aprovada em 2023 e regulamentada neste ano, a Reforma Tributária visa simplificar e unificar a complexa malha de tributos sobre o consumo (PIS, COFINS, ICMS e ISS):
As mudanças serão implementadas de forma gradativa, começando em janeiro de 2026 com a cobrança de uma alíquota de testes (0,9% para a CBS e 0,1% para o IBS). Este período inicial é crucial para que as empresas ajustem seus processos sem o impacto da alíquota completa.
A hora de agir é agora. O tempo de preparação está se esgotando, e a adequação dos sistemas ERP é o primeiro e mais urgente passo para garantir a continuidade operacional em 2026.